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Pequeno Dicionário (Termos Gregos Explicados)

Pequeno Dicionário  tradução literal da Bíblia - TLB

(Termos Gregos Explicados) 


 

Algumas palavras deixamos sem tradução e apenas rendemos de uma maneira adequada à ortografia portuguesa, porque não havia a possibilidade de traduzi‑las com apenas uma palavra do português. Por consequência, o leitor achará algumas expressões no texto talvez não muito familiares. A seguir, em ordem alfabética, tentamos explicá‑las.

Nestas explicações também incluímos algumas expressões interessantes que necessitam de explicação mais detalhada. As referências nas notas de rodapé, geralmente mencionam a referente palavra como ela se encontra num dicionário grego (i.e. o nominativo singular dos substantivos; a primeira pessoa do singular do indicativo dos verbos etc.), e não a forma conjugada ou declinada como aparece no texto. Assim fica mais fácil para o leitor se orientar procurando a expressão em questão na seguinte lista de verbetes. A letra (m) depois da palavra portuguesa significa que, quando ocorre a palavra no texto, há uma nota de rodapé indicando o uso do termo marcado na seguinte lista de verbetes. Assim, quando não há nota de rodapé indicando, por exemplo, o uso de filew para ‘amar’, então há agapaw no texto grego.

 

 

‘admoestar / exortar / encorajar / instar’ (m) parakalew — Literalmente ‘chamar para junto de si’. Esta palavra é traduzida de todas as formas mencionadas, inclusive literalmente. Assim uma admoestação pode ser vista sempre também como um encorajamento. Se eu exortar ou admoestar para deixar algo, encorajo para fazer outra coisa no lugar. Assim a exortação divina sempre tem esses dois lados: nos adverte e nos diz um “não” e ao mesmo tempo nos estimula para algo melhor, divino. A palavra é indicada nas notas de rodapé apenas quando não traduzida por uma das palavras mencionadas acima.

‘adorar’ (m) proskunew — Origem: proj (em direção a) e kunew (beijar). Significa: ‘cair de rosto em terra’ e também ‘referenciar / prestar homenagem’. A expressão grega tem uma gama larga de significados, entre eles também ‘adorar’ no sentido mais restrito.

‘adorar’sebomai — Também: ‘honrar’. ‘honrar alguém com temor ou devoção’.

‘advogado’paraklhtoV — Significa literalmente: ‘chamado ao lado de alguém / chamado para ajuda de alguém’. Foi usado para denominar o assistente legal, o conselheiro de defesa ou advogado de um delinqüente perante um tribunal. Mais tarde também foi aplicado no sentido de ‘intercessor’. No seu uso mais abrangente determina um ‘consolador / ajudador’. Nestes sentidos essa palavra é aplicada ao Espírito Santo e o próprio Senhor Jesus se refere a Si mesmo usando essa expressão em João 14:16, onde diz: “…vos darei outro Advogado…”. ‘outro’ nesse versículo é ‘alloj’ (um outro da mesma qualidade ou do mesmo tipo), não ‘eteroj’ (um outro no sentido de diferente do primeiro).

‘aldeia’komh — Originalmente dizia respeito a um acampamento. Mais tarde veio a significar uma vila ou um vilarejo. Trata‑se de um povoado menor sem muralhas e por isso é usada em contraste com ‘cidade’.

‘amar’agapaw — Procurar o sentido dessa palavra na literatura clássica ou na LXX não ajuda muito para ver o seu significado nas Escrituras do NT. Citaremos Vine’s Expository Dictionary of New Testament Words: “agaph e agapaw são usados no NT (a) para descrever a atitude de Deus para com o Seu Filho, Jo 17:26; para com a raça humana em geral, Jo 3:16, Rm 5:8; e para com aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo em particular, Jo 14:21; (b) para comunicar a Sua vontade para os Seus filhos referente a atitude de uns para com os outros, Jo 13:34, e para com todos os homens, 1 Ts 3:12; (c) para expressar a natureza de Deus na sua essência, 1 Jo 4:8.

Amor pode ser percebida apenas por suas ações. O amor de Deus é visto no dom do Seu Filho, 1 Jo 4:9‑10. Obviamente não é um amor de complacência ou afecção; não é atraído por alguma excelência nos seus objetos, Rm 5:8. É uma exercício da vontade divina em escolha deliberada feita sem alguma causa senão aquela que se encontra na natureza do próprio Deus, compare Dt 7:7‑8.

O amor encontrou a sua expressão perfeita entre os homens no Senhor Jesus Cristo, 2 Co 5:14; o amor cristão é fruto do Seu Espírito habitando no cristão, Gl 5:22.

O amor cristão tem Deus por objeto primário e se expressa antes de mais nada em obediência implícita aos Seus mandamentos, Jo 14:15, 21‑23, 15:10, 1 Jo 2:5, 5:3, 2 Jo 6. Vontade própria, i.e. se satisfazer a si mesmo, é uma negação do amor de Deus.

O amor cristão, seja para com os irmãos ou para com os homens em geral, não é um impulso de sentimentos, não sempre está de acordo com as inclinações naturais, nem se estende apenas àqueles por quais tem uma certa afinidade. O amor procura o bem de todos, Rm 15:2, e não opera para o mal de ninguém, Rm 13:8‑10. Veja também Gl 6:10, 1 Co 13 e Cl 3:12‑14.

Com respeito a agapaw, quando aplicado a Deus, então expressa o profundo e constante amor e o interesse de um Ser perfeito para com objetos inteiramente indignos. Esse amor produz e nutre um amor com reverência para com o Doador, um amor prático para com aqueles que são participantes do mesmo amor e um desejo de ajudar a outros acharem o Doador.

‘amar / gostar de’ (m)filewfilew se distingue de agapaw em expressar mais uma afeição tenra. Ambas as palavras são usadas do amor do Pai para com o Filho, Jo 3:35 e 5:20; ambas também para designar o amor de Cristo para com um certo discípulo, Jo 13:23 e Jo 20:2. Mesmo assim, a sua diferença essencial continua e quando as palavras são usadas referente ao mesmo objeto, então cada uma delas retém o seu caráter essencial e distinto.

Filew nunca é empregado num mandamento dado aos homens que os conclama a amar a Deus. Como exemplo do uso das duas palavras compare Jo 21:15‑17.

‘amém’amhn — Palavra originária do hebraico, significando ‘assim seja / assim é’; traduzimos muitas vezes com ‘em verdade’. Expressa uma certa ênfase naquilo que segue ou confirma e dá certeza para alguma coisa.

‘amor’agaph — Veja ‘amar’ — agapaw.

‘amor / amizade’ (m)filia — Veja ‘amar’ — filew — referente a origem da palavra e o caráter do amor que implica. Expressa ‘amizade’ com a idéia de haver amor de ambos os lados.

‘ancião / presbítero / homem idoso’presbuteroV — Este termo tem vários significados: 1. um título de honra para uma pessoa de dignidade; 2. uma pessoa idosa; 3. o mais velho de duas ou mais pessoas; 4. o título grego correspondente ao título romano ‘senator’ (senador); 5. título de um cargo ou ofício na Igreja — apenas os apóstolos ou pessoas por eles indicadas podiam instituir anciãos neste sentido da palavra. Hoje nos falta esta autoridade apostólica, e por isso não pode mais haver anciãos instituídos por homem algum, embora ainda exista o ministério de um ancião exercitado por irmãos que sentem esta responsabilidade perante o Senhor. O Senhor confirma essas pessoas numa igreja local, dando lhes reconhecimento da parte dos outros irmãos sem serem oficialmente instuídos como anciãos. Lemos apenas duas vezes referente a eleição e instituição de ‘anciãos / presbíteros’, sempre refente a igrejas compostas por salvos de entre os gentios. Nas igrejas locais compostas principalmente de salvos entre os judeus não havia necessidade de apontar anciãos, porque, sendo acostumado com esse conceito, eles automaticamente reconheciam os mais idosos como tais e esses por sua vez reconheciam a sua responsabilidade especial. Na grande maioria dos casos, essa palavra simplesmente se refere a uma pessoa idosa (significado 2). Por isso, muitas vezes traduzimos por ‘homens idosos’. As traduções bíblicas disponíveis no mercado, muitas vezes colocam o termo ‘presbítero’ (o que é uma transliteração fiel da palavra grega’; porém, essa palavra, talvez a mais correta, adquiriu no decorrer dos tempos um sentido diferente no português, ou seja o de um cargo oficial. As comissões de tradução, de forma geral, apoiam essa idéia de uma certa classe de clérigos e por isso escolhem preferencialmente esse termo. Sendo que esse não é o sentido no original, preferimos evitar essa palavra.

‘apóstolos’ apostoloV — Um enviado, um  mensageiro, um delegado ou comissário.

‘arrepender‑se / arrependimento’ metanoew / metanoia (metagnoia) — Literalmente: ‘a mente depois’. Assim significa ‘mudar a sua mente / o seu propósito’. No NT, sempre implica uma mudança para o melhor, uma correção profunda. O verbo sempre se refere ao arrependimento de pecado, com exceção de Lc 17:3‑4; e o substantivo também com exceção de Hb 12:17.

‘batismo / batizar’baptisma / baptizw — ‘Imergir / mergulhar’. Em Jo 13:26, o termo usado no grego é ‘baptw’. Os dois termos significam ‘imergir / mergulhar’, porém há uma ligeira diferença de um para outro. O primeiro, traduzido regularmente com ‘batizar’ (por ser uma expressão transliterado quase literalmente do grego ‘baptizô’), significa ‘mergulhar / imergir’ incluindo a idéia de uma mudança permanente como resultado. O segundo termo, ‘baptô’, traduzido ‘mergulhar’ ou ‘imergir’ enfatiza mais o aspecto temporário sem dar a ênfase no resultado. Um dos exemplos mais claros para definir os dois termos é um texto de Nicander, poeta e médico grego que viveu em volta de 200 AC. Ele nos transmite uma receita de picles e faz uso dos dois termos. Para fazer picles, Nicander recomenda primeiramente ‘mergulhar’ a verdura em água fervente (‘baptô’ – ‘baptw’’) e depois ‘imergir / batizar’ a verdura numa solução de vinagre (‘baptizô’ – ‘baptizw’). Nos dois casos a verdura é imerso em líquido, mas, no primeiro caso, apenas temporariamente. No segundo caso, no de ‘batizar’ a verdura em vinagre, é produzido uma mudança definitiva e duradoura. Por estas razões, ‘batizar’ jamais deve ser interpretado de forma diferente a não ser no conceito de ‘imersão’. Quando ocorre no texto bíblico a expressão ‘batizar / batismo’ a palavra grega é baptizw (‘baptizô’), quando o termo empregado é ‘imergir / mergulhar’ a palavra grega é baptw (‘baptô’).

‘bispo’ — Veja ‘supervisor’.

‘centurião’ekatontarcoV / ekatontarchV / kenturiwn — Os três termos gregos são ou uma tradução ou (no caso do último mencionado) uma transliteração do termo latino ‘centurio’. O centurião era o comandante de uma ‘centúria’ composta de 100 soldados.

‘coorte’speira1/10 de uma legião (inicialmente 3.000 soldados; depois entre 4.200 e 6.000 soldados), portanto em torno de 600 soldados (inicialmente 300 soldados). A coorte foi composta de 3 manípulos ou 6 centúrias, cada uma sob o comando de um centurião. Numa coorte completa, havia, pois, 6 centuriões sob o comando de um tribuno.

‘crente’ pistoV — A expressão grega tem um significado amplo e pode ser usado no sentido passivo, ou seja no sentido de ‘fiel’, indicando alguém ou alguma coisa em que se pode confiar, a que pode dar crédito ou que é de boa fama; também pode ser usado no sentido ativo, ou seja no sentido de ‘crente’, indicando aquele que crê, que confia ou dá crédito em alguém ou em alguma coisa.

‘criança’ — veja ‘filho / criança’.

‘deitar à mesa’anakeimai / katakeimai / anaklinw / kataklinw / anapiptw— As mesas não eram da altura com são atualmente nas culturas ocidentais. As pessoas não sentavam, mas sim deitavam à mesa. O lugar do lado do dono da casa era um lugar de honra e nessa posição deitada a pessoa se encontrava deitado “no peito”. João teve esse lugar na ocasião da última páscoa antes da morte do Senhor Jesus. A expressão ‘reclinar’ dá apenas uma idéia vaga daquilo que as expressões gregas significam quando se referem ao aoto descrito anteriormente.

‘em verdade’ — Veja a entrada ‘amém’.

‘escandalizar / escândalo’skandalizw / skandalon — ‘armar uma cilada’ ou ‘armadilha / cilada’. Não é um simples ‘obstáculo’. Normalmente traduzimos por ‘escandalizar / escândalo’, pois o significado dessa palavra portuguesa está bem próximo da grega: ‘aquilo que é causa, ou resulta de erro ou pecado’. A palavra grega faz referência àquela parte de uma armadilha que faz com que a armadilha entre em ação quando tocado.

‘escravo / servo’ — veja ‘servo / escravo’.

‘etnarca’eqnarchV — Originalmente designava o ‘governador de uma nação’ (compare a palavra portuguesa ‘étnico’ — ‘o que diz respeito a uma raça, uma nação’). Normalmente descreve o governador de uma nação com leis e costumes diferentes em meio de outros de raça distinta. Por vezes, o termo é aplicado a um governador superior a um tetrarca e inferior a um rei (veja 2 Co 11:32).

‘evangelho / evangelizar’ euaggelion / euaggelizw — Sentido geral: ‘boa nova / trazer uma boa nova’. Sentido mais especial: ‘o evangelho / evagelizar’. ‘evangelizar alguém’ sempre quer dizer ‘trazer o evangelho, a boa nova a alguém’.

‘fariseus’farisaioi — O nome ‘fariseu’ é derivado de uma palavra aramaica com o significado de ‘separar’. Os fariseus formavam o partido extremamente legalista entre os judeus. Eles zelavam pela Lei e pela separação de todos os elementos não‑judaicos até na vida diária. O seu zelo pela Lei se tornou numa coisa meramente exterior, formal e mecânico.

‘filho’uioV — A expressão designa em primeiro lugar a relação de um filho para com os pais como descendente deles e expressa uma semelhança no caráter do filho com o dos pais. No NT, também é usado em contraste com a descendência ilegítima. uioj enfatiza a dignidade e o caráter da relação.

‘filho / criança’ (m)paidion — Diminutivo de paiV. Significa uma criança pequena. Pode ser usado desde a idade de uma criança de peito até a idade de uma criança mais avançada em idade. O apóstolo João aplica esse termo aos mais novos da família de Deus e usa o termo teknion (na forma teknia) para se dirigir a todos os seus leitores. Aplica‑se muitas vezes a filhos de ambos os sexos.

‘filho’ (m)teknon — Contrário ao termo uioV, teknon dá mais ênfase ao fato do nascimento. É usado tanto no sentido natural e figurativo. Se aplica a filhos dos dois sexos.

‘filhinho’  — teknion — É diminutivo de teknon e é usado apenas no sentido figurativo. Se trata de um termo que expressa a afecção de um mestre ou professor para com os seus alunos e discípulos usado em circunstâncias quando precisam de uma tenra alerta. O apóstolo João aplica esse termo na sua primeira epístola a todos os verdadeiros crentes quando lhes dá certas advertências e exortações. Também se usa para desiganr filhos dos dois sexos.

‘hades’adhV — Entre os gregos em geral, essa palavra designava tanto o deus do reino dos mortos como também o lugar onde ficavam os espíritos dos mortos. No NT, o sentido dessa expressão foi de certa forma mudada e corresponde em parte ao termo hebraico ‘seol’. O NT nos ensina que o ‘seol’ ou ‘hades’ é o termo mais geral para a descrição do lugar onde se encontram as almas e os espíritos dos mortos num estado transitório. Lc 16:22­–23 nos mostra que há duas repartições no ‘hades’, uma chamada de ‘seio de Abraão’ e a outra é chamada de ‘hades’ no sentido mais restrito da palavra, ou seja, trata‑se de um lugar de tormentos. Estas duas regiões são totalmente separadas uma da outra, embora seja possível ver de um lugar para o outro. De At 2:27 e 31 apreendemos que Cristo não ficou no ‘hades’, o que Ele mesmo declara quando estava na cruz. Ali mencionou o ‘paraíso’ como o lugar onde havia de estar o salteador convertido junto com Ele. Em Ap 2:7 se vê que o ‘paraíso’ é de Deus; assim esse termo designa o lugar mais elevado possível, o céu de Deus, o terceiro céu para onde o apóstolo Paulo foi arrebatado. Assim vemos que as almas dos incrédulos de todas as épocas se encontram na região de tormento do ‘hades’, ou seja no ‘hades’ propriamente dito. As almas dos crentes falecidos da época do Velho Testamento e daqueles que são e serão salvos pela fé no evangelho eterno ou no evangelho do reino se encontram na região chamado de ‘seio de Abraão’. As almas dos crentes da época da graça salvos pela fé no evangelho da graça se encontram com o próprio Senhor Jesus no ‘paraíso’. Assim o ‘hades’ é apenas um lugar de permanência transitória: Uns participarão da ‘primeira ressurreição’, outros da ‘segunda’. Estes últimos serão lançados, depois de julgados, ‘no lago de fogo’, como também o mesmo ‘hades’ e a ‘morte’. Sendo assim, a palavra ‘hades’ não designa o ‘inferno’. Este último termo antes pode ser aplicado ao ‘lago de fogo’ (veja também ‘inferno’ nessa lista de verbetes).

‘igreja’ — ekklhsia — Origem ek (de dentro para fora) e klhsiV (chamar). Se aplicava a qualquer tipo de reunião ou assembléia conclamada (veja At 19:39); a um ajuntamento de pessoas (At 19:32 e 40), a Israel (At 7:38 e Hb 2:12). Esse termo foi usado então para designar o conjunto dos verdadeiros cristãos num determinado lugar (1 Co 1:2), no mundo inteiro num dado momento (Gl 1:13) e também em todos os séculos desde o dia de Pentecostes em Atos 2 (Mt 16:18).

‘inferno’geenna — Do hebraico, significa ‘vale de hinom’. Era um vale ao sul de Jerusalém usado paraqueimar cadáveres de animais e o lixo da cidade num fogo incessante. Se tornou um símbolo para o lugar de condenação eterna (veja por exemplo Mc 9:43–47).

‘legião’legiwn — Uma legião era composta inicialmente por 3.000 soldados, mais tarde aumentado para 4.200 a 6.000 soldados. 10 coortes compostos por sua vez de 30 manípulos ou 100 centúrias formavam uma legião. No NT, essa palavra também pode simbolizar um grande número. Serviam numa legião, pois, 4.200 a 6.000 soldados sob o comando de 60 centuriões, por sua vez sujeitos aos 10 tribunos sob o comando de 1 legato. Além disso, também faziam parte de uma legião completa 300 cavaleiros.

‘mestre’didaskaloV — ‘professor / ensinador / instrutor’. O termo ‘doutor’ seria outra tradução possível considerando a etimologia da palavra portuguesa. No português, porém, esse termo se desenvolveu e também contém a idéia de possuir um grau acadêmico. A Palavra de Deus não conhece ‘doutores’ nesse sentido, quando se trata da Igreja. Os mestres ou ‘doutores’ não são pessoas com grau acadêmico concedido por homem algum ou por alguma instituição humana. O dom de ‘mestre’ é um dom divino e tem por alvo a instrução ou o ensino na doutrina, nos pensamentos de Deus para o crescimento e a edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja.

‘mestre’ (m)epistathV — Um mestre em geral; se refere a qualquer tipo de supervisor e era, por exemplo, o título de um professor num ginásio grego. Lucas usa essa expressão no lugar do hebraico ‘rabi’ (veja também ali).

‘ministro / ministrar’ leitourgoV / leitourew — Servidor público, oficial do estado, um administrador oficialmente empregado; também se aplicava aos servidores públicos nos templos. O verbo tem os significados respectivos.

‘misericórdia’eleoV — A manifestação exterior de ‘pena / dó’. É suposto necessidade da parte daquele que recebe misericórdia e recursos adequados da parte daquele que a mostra. A origem da palavra portuguesa (‘miséria’ e ‘coração’) é uma boa ilustração daquilo que é ‘misericórdia’: ter um coração para a miséria do outro.

‘mundo’kosmoV — Significa originalmente ‘ordem / ornamento / adorno’ (veja 1 Pe 3:3). Esse termo se aplica a) ao universo, b) à terra e c) à raça humana, d) aos gentios em contraste com os judeus, e) à condição atual do homem em oposição a Deus, f) à totalidade das posses temporárias. Sendo assim, descreve um sistema estabelecido que é caracterizado por uma certa ordem, embora seja em oposição a Deus.

‘mundo’ (m)aiwn — Também traduzido por ‘século / curso’. Neste caso não haverá nota de rodapé. Esse termo faz alusão a um período de tempo caracterizado por certos traços espirituais e morais. kosmoV descreve mais o aspecto exterior, aiwn mais o aspecto moral ou interior da coisa. Em Efésios 2:2 encontramos as duas palavras juntas: ‘…segundo o curso deste mundo’. A expressão ‘século(s) do(s) século(s)’ significa ‘eterno / eternamente / todo o sempre’.

‘mundo’ (m)oikoumenh — Também traduzido por ‘terra habitada / mundo habitado’. A expressão se aplica ao mundo habitado como um todo e num sentido mais restrito ao Império Romano.

‘nação’eqnikoV — Significava originalmente uma ‘multidão’. No singular, se refere tanto à uma nação ou um povo qualquer como também ao povo judeu ou Israel como nação. No plural, designa as nações distinguindo‑as de Israel.

‘noite / tarde’ — veja ‘tarde / noite’.

‘noite’nux — A ‘noite’ propriamente dita. O período de escuridão englobado num período de 24 horas (‘nox’ — latim).

‘novamente’palin — Este termo significa na sua aplicação temporal ‘de novo / novamente / outra vez’. Talvez o termo ‘outra vez’ seria a melhor opção de tradução, mas para que o leitor tenha uma idéia melhor do texto grego, traduzimos com ‘novamente’. Assim fica claro que no grego há uma única palavra.

‘palavra / verbo’ (m)logoV — No português, o termo verbo embute a idéia de ‘expressão / elocução’, enquanto ‘palavra’ significa em primeiro lugar um conjunto de sons articulados. O termo grego, ‘logoj’, contém também a idéia de expressar aquilo que há no interior ou com outras palavras: a incorporação de uma idéia, de um pensamento. É por isso que o termo ‘verbo’ explica melhor a idéia do original do que a expressão ‘palavra’, embora não o tenhamos sempre aplicado. Normalmente traduzimos por ‘palavra’, levando em conta que ‘verbo’ também é uma expressão gramatical. O termo grego ‘rhma’ enfatiza mais o lado exterior de algo falado (por exemplo: João 10:21). Veja a próxima explicação.

‘palavra’rhma — Este termo indica aquilo que é pronunciado, aquilo que é falado ou escrito; no singular é ‘palavra’, quando usado no plural ‘palavras / discurso’. Por vezes tem também o sentido de ‘coisa’ — o ‘assunto’ da conversa. Veja também a explicação de ‘logoj’.

‘pastor’poimen — Aquele que cuida de um rebanho e tem a mais abrangente responsabilidade pelo seu bem estar. O Novo Testamento não conhece o título de ‘pastor’ como um cargo ou ofício, mas sim como um dom dado a todo o corpo de Cristo (a Igreja); compare Ef 4:11. Um pastor nesse sentido não é idêntico com um ‘ancião’ ou ‘presbítero’, cuja área de atuação é só na sua localidade.

‘pecado’amartiaV — Em formas gramaticais não bem claras no português, uma nota de rodapé indica se no original consta um verbo ou um substantivo (exemplo: 1 Jo 1:10 ‘não temos pecado’ — ‘pecado’ aqui seria um substantivo ou o verbo ‘pecar’ no Indicativo Pretérito Perfeito Composto? A nota de rodapé indica ‘pecado’: verbo.; Em Jo 15:22 o leitor encontra uma construção um pouco estranha na frase ‘pecado não teriam’ invés de ‘não teriam pecado’. Foi optado pela primeira versão para fazer claro já no próprio texto que ‘pecado’ aqui é substantivo e não verbo, o que ficaria obscuro na segunda versão.) O leitor assim recebe uma idéia melhor do texto grego.

‘piedade’eusebeia — I.e.: ‘temor de Deus’. A palavra descreve uma conduta prática de respeito e temor para com Deus; ‘temor’ no sentido de fazer algo que não agrade a Deus, estando consciente da Sua santidade.

‘pôr à prova / provação’ — veja ‘tentar / tentação’.

‘presbítero’ — veja ‘ancião’.

‘pretório’ praitwrion — Pretório é o termo técnico latino para a residência oficial de um governador de província. Também diz respeito ao conselho dos oficiais do exército e a guarda imperial.

‘profetizar / profeta / profecia’ profhteuw / profhthV / profhteia — O verbo grego, literalmente traduzido, significa ‘declarar em lugar de / declarar como substituto’. Assim, o primeiro significado dessa palavra no sentido bíblico é ‘falar da presença de Deus em nome de Deus aquilo que Ele quer’. O ‘profeta’, portanto, é o instrumento, ‘aquele por quem Deus fala’.  É essa também a primeira e mais ampla tarefa de um profeta. Somente em segundo plano, a palavra adquire o sentido de ‘predizer algo desconhecido / anunciar o futuro’. Infelizmente, por uso errado e não por último pela astúcia de Satanás, a palavra em português se restringe em seu uso basicamente a esse pensamento. Por isso, temos que nos lembrar sempre quando lemos de ‘profetizar’, de ‘profeta’ ou de ‘profecia’, que o sentido comum dado à expressão em português não é o sentido primário nas Escrituras. Assim evitaremos confusão nas interpretações dos textos bíblicos.

‘provar’ — veja ‘tentar / tentação’.

‘(a)provar / (a)provação / prova / examinar’ (m) dokimazw / dokimion / dokimioV — Essa palavra quer dizer ‘testar / provar’, mas, contrário à palavra descrita sob a entrada ‘tentar / tentação’, sempre implica a esperança de um resultado positivo, de aprovar alguma coisa ou ser aprovado. Essa palavra não pode ser usada com referência a Satanás, pois ele não ‘prova’ ou ‘testa’ o homem com a intenção de obter um resultado positivo.

‘publicano’telwnhV — A pessoa que alugava o direito da cobrança de taxas e impostos no Império Romano e os empregados dessa pessoa; ‘coletor de impostos’. Costumavam cobrar mais do que podiam e por isso eram odiados pelo povo.

‘rabi’rabbi — Do hebraico; ‘meu senhor’. No NT, o sufixo ‘meu’ perdeu o seu significado independente. Um título de respeito que os judeus usavam e usam para se denominar os ‘mestres ou doutores da Lei’. Corresponde de certa forma ao termo ‘mestre’ (didaskaloV).

‘rabuni’rabbouni — Do aramaico; ‘meu excelente senhor’. No NT, o sufixo ‘meu’ desse título não perdeu o seu significado independente. Esse título pertencia ao presidente do sinédrio, quando esse era descendente de Hilel. Era mais respeitoso do que ‘rabi’. Um título de honra especial.

‘ressurreição / ressuscitar’egersiV / egeirw — Esta palavra significa originalmente: ‘levantar(‑se) / erguer(‑se) / levantar(‑se) do sono / acordar / despertar’ e adquiriu também o sentido de ‘ressuscitar’ (no sentido de acordar do ‘sono da morte’). Quando usado como verbo transitivo, o sentido é: ‘levantar alguém / erguer alguém / acordar alguém / despertar alguém’ e também ‘ressuscitar alguém’. Assim, esta expressão é usado tanto de forma transitiva como intransitiva. Compare a próxima entrada.

‘ressurreição / ressuscitar’ (m) — anastasiV / anisthmi — Uma indicação nas notas de rodapé é apenas feita quando o significado é ‘ressurreição / ressuscitar’. Esta palavra significa: ‘levantar(‑se) / erguer(‑se) / levantar(‑se) do sono (mas sem a idéia de ‘acordar / despertar’). A expressão designa mais uma mudança física ou metafórica de posição. Também é usada referente à ‘ressurreição’. A palavra é comparavelmente pouco usada como verbo transitivo (seguido por um objeto), enfatizando mais o lado ativo da própria pessoa. João 11 ilustra bem o uso das duas palavras. anasthmi ou o substantivo ocorre nos versículos: Jo 11:23, 24, 25; egeirw ou o substantivo é usado nos versículos: Jo 11:29, 31; 12:1.

‘saduceus’saddoukaioi — Os saduceus eram um outro partido entre os judeus de um caráter mais político. Eles queriam os judeus aproveitassem das vantagens de vida e cultura grega. Com respeito a sua crença religiosa, eles não creram na existência de anjos, do espírito e da ressurreição dos mortos (compare At 23:8).

‘século’ aiwn — Veja ‘mundo’.

‘senhor’kurioV — O termo mais abrangente para designar a palavra ‘senhor’. Pode ser usado como título de honra, como termo para descrever uma pessoa a qual deve se prestar serviços independentemente do porquê, como título de respeito ou cortesia e também para se dirigir ou falar de qualquer pessoa de uma posição considerada superior à própria. Quando aplicado sem o artigo (sempre visível no texto), substitui o nome de Deus ‘Javé’ (hebraico hwhy) ou rende a palavra ‘senhor’ (hebraico !doa; ou yn'doa}). Uma vez também substitui ‘Deus’ (veja 1 Pe 1:25; hebraico ~yhil{a/). Todas as ocorrências de ‘Senhor’ sem artigo para substituir alguma expressão hebraica que não seja ‘Javé’ são destacadas com uma nota de rodapé indicando a respectiva expressão hebraica.

‘senhor’(m)despothV — Alguém que tem autoridade absoluta, poder não controlado por outrem e que é proprietário dos seus súditos, sejam eles quem forem; alguém que tem a autoridade suprema.

‘serva’ — paidiskh — A serva, a escrava (em contraste com a livre). Também uma serva que cuidava da porta da casa.

‘servente / servo’ (m)diakonoV — Denomina um servo, seja que faça trabalho servil ou preste um serviço livre, sem fazer referência alguma ao caráter da sua. O termo português ‘diácono’ é derivado dessa palavra. Não o traduzimos dessa forma, porque a palavra portuguesa dá a idéia de que se trata de um ministro oficialmente instituído por alguém. Entendemos pelas Escrituras que, embora ainda exista o ministério de diácono, não há alguma coisa semelhante à instituição oficial de um diácono. O ‘servo / servente’ deve ser distinguido do ‘escravo’ (veja ‘servo / escravo’). O termo diakonoj visa mais a relação do servo para com o seu serviço, a expressão douloj enfatiza a relação do servo ou escravo para com o seu senhor. Provavelmente, essa palavra é derivada do verbo diwkw, que significa ‘correr atrás ou após / perseguir’. O ‘servo’ tem como alvo diante dos seus olhos sempre o seu serviço ‘corre atrás’ dele para cumpri‑lo. É neste sentido, que Febe é chamado de ‘servo’ (no grego a forma masculina — diakonoj) em Rm 16:1. Ela fazia algum serviço necessário na igreja de Cencréia, sem que se tratasse de um ofício. Por isso, o versículo mencionado não apóia de forma alguma uma coisa semelhante a um ‘diaconato feminino’.

‘serviço a Deus / aos ídolos’ latreia — Esta expressão designava o serviço prestado às divindades nos templos pagãs. Por meio da LXX esta palavra recebeu um sentido ligeiramente diferente, se referindo ao serviço a Deus (especialmente o serviço sacerdotal) no tabernáculo e no templo. É a partir destes significados que a palavra recebeu o seu significado no Novo Testamento. A princípio descreve todo e qualquer serviço prestado a Deus, não apenas enquanto reunidos. Também pode se referir à adoração de Deus. A palavra ‘culto’, no português, tem um sentido estreito demais para expressar o termo grego. É por isso que foi traduzido como ‘serviço a Deus’. No sentido negativo se refere ao serviço aos ídolos.

‘servidor’uphrethV — Essa palavra era inicialmente um termo náutico com o significado ‘remador inferior’. Se distinguia da expressão nauthj (‘marinheiro’). Era uma classe de marinheiro inferior que agiu sob os comandos de outrem. Depois, esse termo recebeu um significado mais geral de ‘atendente / auxiliar / servo’.

‘servo / escravo’ (m)douloV — É a palavra mais comum para designar um ‘servo’. A expressão é derivada do verbo dew, que significa ‘atar / amarrar’. douloV é um escravo, a posição mais baixa na escala dos servidores. Mais tarde, e isso já em tempos bíblicos, a palavra adquiriu um significado mais abrangente de ‘servo’, indicando sujeição sem fazer alguma alusão à própria escravidão (veja Mt 18:23; o termo usado é douloj, mas o senhor está querendo fazer contas com os servos. Com um escravo não há necessidade de fazer contas). Por isso, não é sempre fácil reconhecer, quando a palavra é usada no sentido ‘escravo’ e quando no de ‘servo’. Quando, porém, o apóstolo Paulo se chama um ‘escravo de Jesus Cristo’ em Romanos 1:1, ele expressa que era anteriormente escravo de Satanás, e, tendo sido comprado por Cristo, se tornou um escravo voluntário atado ao seu novo Senhor. Por isso, geralmente traduzimos por ‘servo’.

‘servo’ (m)paiV — Pode significar uma criança visando a sua relação de descendência, também pode denominar um rapaz ou uma moça em relação à idade ou até um ‘servo / atendente’ visando em especial a sua condição.

‘servo doméstico’  oikethV — Um escravo pertencente à casa e à esfera doméstica. A sua posição como escravo não está tanto em evidência, antes a sua função dentro de casa lhe deu privilégios facilitando‑lhe a escravidão; o igualava quase a um homem livre.

‘sinédrio’sunedrion — O ‘Grande Conselho’ em Jerusalém; a instituição mais importante dos judeus. O ‘sanhedrin’ ou ‘sinédrio’ foi constituído de membros proeminente das famílias do sumo sacerdote, de anciãos e escribas. Casos importantes foram decididos perante esse tribunal. O governo romano da província de Judeia tolerava essa instituição, até para tratar tais casos e até pronunciar setença de morte sob a condição que uma tal sentença fosse confirmada pelas autoridades romanas, isto é o procurador romano (= governador da província).

‘supervisor’episkopoV — Não traduzimos por ‘bispo’ por causa da conotação que essa palavra tem em nossos dias. Por ‘bispo’ se subentende um cargo eclesiástico. No Novo Testamento, esse título se refere aos ‘anciãos’ ou ‘presbíteros’ (veja At 20:17 e compare com At 20:28). A sua atuação era restrita à localidade e jamais implicava num domínio espiritual ou até mesmo governo eclesiástico sobre várias igrejas locais. Ao contrário, havia sempre vários ‘bispos / anciãos / presbíteros’ numa localidade. A palavra grega ‘episkopoj’ sublinha apenas uma das suas tarefas, a de supervisionar, cuidar e inspecionar o rebanho conforme os padrões bíblicos.

‘tarde / noite’ (m)oyia (de: oyioV) — Essa palavra designa normalmente o tempo entre mais ou menos 18:00hrs e 24:00hrs (final de ‘vesper’ e início de ‘nox’ — latim). Por vezes é aplicado ao espaço de tempo das 15:00hrs às 18:00hrs (‘tempus post meridianum’ — latim). Os judeus chamavam esses períodos de: ‘as duas tardes’ ou ‘as duas noites’. Infelizmente não dispomos de um termo adequado em português. Seria equivalente ao termo ‘evening’ (inglês) ou ‘Abend’ (alemão).

‘tarde / véspera / crepúsculo da tarde’ (m)espera — Se refere ao tempo entre o pôr do sol e o início da noite propriamente dita; ‘vesper’ (latim).

‘templo’ieron — Derivado de um adjetivo com o significado ‘santo’. Denomina um lugar santo, um templo. Se refere a todo o edifício com os seus arredores. Aparece nos evangelhos, mas nos outros escritos do NT apenas em 1 Coríntios 9:13. Essa palavra nunca é aplicada de forma figurativa.

‘templo’ (m)naoV — A expressão significa um santuário ou também um relicário. Os pagãos determinavam por essa palavra o relicário que continha o ídolo (a estátua). Os judeus aplicavam essa mesma expressão exclusivamente ao próprio santuário, no qual apenas os sacerdotes podiam entrar segundo as prescrições da lei. Esse término também é usado figurativamente referente ao corpo físico de Cristo, referente à Igreja como o Corpo de Cristo, à uma igreja local, ao corpo físico do crente e também ao templo visto nas visões de Apocalipse. Também serve para descrever Deus e o Cordeiro na sua condição de templo da nova Jerusalém.

tentar / tentação / provar / provação’peirazw / peirasmoV — A palavra grega é aplicada em dois sentidos. No sentido positivo significa ‘testar / provar / pôr à prova’ (verbo) ou ‘teste / prova / provação’. Nesse sentido a expressão pode ser usado da parte de Deus. É só nesse sentido que Ele ‘tenta’ ou ‘testa’ o homem. No sentido negativo diz respeito à ‘tentação’ por parte do diabo ou da carne para o mal. Também é aplicado para descrever o ato de ‘armar uma cilada / armadilha’ para alguém. Temos que concluir pelo contexto qual é o sentido numa certa passagem. Embora tentemos interpretar e traduzir diferente nas diversas passagens, o leitor deve estar consciente, que no grego não há diferença de expressão. A palavra é exatamente a mesma. Veja a entrada ‘(a)provar’.

‘tetrarca’tetrarchV / tetraarchV — É um título que se refere a um regente ou governador (arch – reinar / governar) entre quatro (tetra – quatro). Propriamente dito é o governador da quarta parte de uma região; daí designa um regente subordinado, dependente de um rei ou ‘etnarca’.

‘tribuno’ciliarcoV — Literalmente ‘chiliarco’. Corresponde ao termo latino ‘tribunus militum’. O ‘tribuno’ era o comandante de uma coorte. Originalmente comandava 300 soldados. Quando as coortes ficaram mais numerosos, era o comandante sobre 420 a 600 soldados. Era esse o caso na época do Novo Testamento. A coorte era composta, de um modo geral, de 600 soldados.

‘unigênito’monogenhV — O único, não tem outro igual, aquele sem comparação. Quando se refere a um filho ou uma filha, a ênfase não está no unigênito, mas sim no unigênito. Trata‑se do único filho homem ou da única filha que tem.